A Red Bull ganhou bem mais que um campeonato de F1

Ricardo Araujo - exame.com

A empresa dos touros vermelhos conseguiu muito mais do que lavar a alma daqueles que apreciam o “jogo limpo”.
Sim, Herr Mateschitz, o dono da empresa, pregou a esportividade durante todo o campeonato. Correu o risco de ser chamado de ingênuo, mas escapou por pura sorte. Um verdadeiro golpe do destino.
Ele viu seu piloto preferido ser campeão, sua equipe vencer o mundial de construtores, e mais ainda, viu a imagem da sua empresa se valorizar de forma impressionante. Fez barba, cabelo, e bigode.
A questão do embate ético com a Ferrari, duas visões antagônicas sobre esportividade e respeito aos milhões de admiradores de F1 espalhados pelo mundo, proporcionou à marca Red Bull não apenas visibilidade, algo facilmente mensurável pela imensa exposição mundial obtida. Proporcionou também, através do discurso ético, atingir algo que é o sonho de toda empresa: admiração.
A Red Bull é uma empresa que investe muito no esporte, há muitos anos. E nos ensina, e a todas as empresas que estudam associar sua marca ao esporte, que nem sempre muito dinheiro, e vencer a qualquer preço, são o caminho correto. A Red Bull nos deu uma das melhores aulas de marketing esportivo dos últimos anos.
Ahhh, e já ia esquecendo.
Herr Mateschitz conseguiu ainda mais. Conseguiu a proeza de ver o nome da sua empresa ser, finalmente, pronunciado várias vezes pela Globo, e isso não é pouca coisa. Esse cara é bom.